Até 2030, cerca de 30% dos brasileiros adultos poderão estar obesos

O que é obesidade?

Segundo o Ministério da Saúde, a obesidade é o excesso de gordura corporal e pode provocar graves prejuízos à saúde.

Trata-se de uma enfermidade com variadas causas, dentre elas:

– Ingestão excessiva de alimentos;
– Falta de atividade física;
– Tendência genética;
– Problemas hormonais.

A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) define que pessoas com o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 já são consideradas obesas.

Indivíduos com IMC igual ou superior a 25 são considerados acima do peso. 

No Brasil, atualmente, mais da metade da população se enquadra nesta última categoria.

Principais doenças crônicas relacionadas à obesidade

A lista de doenças relacionadas à obesidade é bem extensa e, por isso mesmo, devem ser tratadas com muita atenção. 

Diversos estudos demonstram que ela está intimamente ligada a doenças cardiovasculares e metabólicas, além de câncer, podendo até mesmo levar à morte.

No estudo National Health and Nutrition Examination Study III (NHANES III), que envolveu mais de 16 mil participantes, a obesidade foi associada a um aumento da prevalência de:

  • Diabetes tipo 2 (DM2);
  • Doença da vesícula biliar;
  • Doença arterial coronariana (DAC);
  • Hipertensão arterial sistêmica (HAS);
  • Osteoartrose (OA);
  • Dislipidemia.

Outros estudos apontam condições crônicas que estão diretamente relacionadas com a incapacidade funcional e com a obesidade:

  • Doença renalosteoartrose;
  • Câncer;
  • Diabetes tipo 2;
  • Apneia do sono;
  • Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA);
  • Hipertensão arterial sistêmica;
  • Doenças cardiovasculares (DCV).

A maioria dessas comorbidades estão diretamente associadas às doenças cardiovasculares.

Obesidade e câncer

De acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estudos demonstram que o excesso de peso é um dos principais riscos para o desenvolvimento de câncer no Brasil.

Na lista, destacam-se os seguintes tipos de câncer:

  • Tumores de esôfago (adenocarcinoma)
  • Estômago (cárdia)
  • Pâncreas;
  • Vesícula biliar;
  • Fígado;
  • Intestino (cólon e reto);
  • Rins;
  • Mama (mulheres na pós-menopausa);
  • Ovário;
  • Endométrio;
  • Meningioma;
  • Tireoide;
  • Mieloma múltiplo

A explicação para essa forte incidência em pessoas obesas ocorre pelo processo inflamatório provocado no organismo. 

O excesso de gordura corporal provoca um estado de inflamação crônica e aumentos nos níveis de determinados hormônios, os quais promovem o crescimento de células cancerígenas, aumentando as chances de desenvolvimento da doença, conforme explica o INCA.

Muitos estudos epidemiológicos têm confirmado que a perda de peso leva à diminuição do aparecimento e agravamento dessas doenças, reduzindo os fatores de risco e a mortalidade.

Mortes associadas à obesidade no Brasil

Quando se trata de mortes associadas a doenças ligadas à obesidade, o estudo “A Epidemia de Obesidade e as DCNT – Causas, custos e sobrecarga no SUS“, realizado em 2019, trouxe os seguintes dados:

  • Doenças cardiovasculares – 70,31mil
  • Doenças respiratórios – 35,79mil
  • Câncer – 9,53mil
  • Diabetes e doenças renais – 9,91mil
  • Doenças neurológicas – 3,31mil
  • Doenças digestivas – 1,83mil
  • Doenças músculo-esqueléticas – 21

O gráfico abaixo, apresentado neste mesmo estudo, mostra o quanto foi gasto pelo governo para lidar com as seguintes doenças ligadas à obesidade, quantidades totais de procedimentos realizados e mortes (organizado de forma decrescente).

Fonte: https://rezendelfm.github.io/obesidade-e-as-dcnt/

Podemos perceber que as doenças cardiovasculares tiveram aproximadamente o dobro de mortes a mais que os demais, e um gasto mais que dobrado com relação às outras doenças.

As principais causas da obesidade

A principal causa de obesidade é a alimentação inadequada, de má qualidade ou excessiva. 

Para conseguir ficar no peso ideal é necessário que haja um equilíbrio entre a quantidade de calorias consumidas e a energia gasta no dia.

Se houver abundância de alimentos e baixa atividade energética, existe o acúmulo de gordura, especialmente a depender da qualidade nutricional dos alimentos ingeridos. É por causa dessa baixa atividade energética que o sedentarismo é o segundo fator que mais influencia para o desenvolvimento da obesidade.

Existem fatores genéticos que predispõem as pessoas à obesidade.

Ter o metabolismo mais lento facilita o acúmulo de gorduras e dificulta o emagrecimento.

Oscilações hormonais favorecem o aumento de peso. 

Privação de sono, fatores psicológicos, uso de medicamentos, obesidade materna, dentre outros, também podem desencadear crises de compulsão alimentar.

A obesidade é e tende a continuar sendo um dos problemas mais graves de saúde que existe

A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a obesidade como um dos problemas mais graves de saúde que a humanidade enfrenta na atualidade.

Segundo a ABESO, estima-se que em 2025, aproximadamente 2,3 bilhões de adultos no mundo estarão acima do peso. Dentre eles, 700 milhões de indivíduos com obesidade. Isto é, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30.

De acordo com a ABESO, a obesidade no Brasil aumentou 72% em apenas treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019.

Em 2022, após analisar 4,4 milhões de adolescentes entre 10 e 19 anos, o SUS diagnosticou sobrepeso e obesidade em quase 1,4 milhão de adolescentes. Isso significa uma taxa de 31%.

E os índices não pararam de subir.

Dados da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde, mostrou que o índice de obesidade no Brasil em 2020 foi de 21,55%. No ano seguinte (Vigitel), a porcentagem foi de 22,35%.

O Atlas Mundial da Obesidade 2022 (World Obesity Federation) avalia que, até 2030, cerca de 30% dos brasileiros adultos podem estar obesos.

E de acordo com o estudo “A Epidemia de Obesidade e as DCNT – Causas, custos e sobrecarga no SUS”, 68% dos brasileiros poderão estar com excesso de peso até 2030.

Considerações finais

A obesidade é reconhecida pela OMS como um dos problemas mais sérios da humanidade. Ela é a causa de incapacidade funcional, diminuição da qualidade de vida, redução da expectativa de vida e aumento da mortalidade.

Mas, nem tudo está perdido!

Mesmo que o histórico e projeção no Brasil não sejam bons, a obesidade tem diversos tipos de tratamento, que atendem todos os estágios.

A verdade é que muitas doenças podem ser prevenidas e terão sintomas amenizados com tratamentos diversos, havendo sempre a necessidade de mudar hábitos, pensamentos e comportamentos. Lembre-se: a mente influencia o corpo e vice-versa.

Independentemente do(s) tratamento(s) que você escolher, tenha o acompanhamento profissional para ter resultados mais eficazes, preservando sua saúde, tanto física quanto mental.

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